Por que não valorizamos os bons exemplos?

Ainor Lotério
Sempre me questionei uma coisa: o indivíduo é um sacana, erra de todos os lados, destrói a própria família, e um dia vai a um púlpito de igreja, a um programa de televisão e dá exemplos a que lhe escuta. Conta ele o que fez de errado na vida e como fez para se libertar. Naquele momento, já passa a ser um exemplo. Por que isso? Por que não valorizar os bons exemplos? Por que não encontrar uma pessoa que viveu décadas de bons comportamentos, de zelo e dedicação por sua família e trazê-la para o púlpito, para a imprensa, promovendo o bom exemplo? Quem faz certo é que merece alardear o seu exemplo. É claro que cair no erro e sair dele dá certo mérito. Mas, não cair no erro é o segredo dos fortes.
Os filhos podem aprender tanto com os erros quanto com os acertos, mas eu prefiro a boa conduta.  E isso se consegue com permanente vigilância. Nela,  não têm os pais frouxos, permissivos, desleixados com a própria família.
Os filhos, por obra desta falta de vigilância, carinho e amor, tornam-se o que, no fundo, no fundo, não desejavam para as suas vidas: se tornarem sofredores.
Sei também que no meio de tudo isso tem gente se salvando e ressurgindo da lama. Com certeza encontraram uma boa alma no caminho. Ninguém é ninguém por acaso, sem esforço e sem uma boa orientação e apoio.
Finalmente, vamos remontar a rede de relacionamento e proteção das famílias na sociedade.
Precisamos de pessoas que se interessem pelos seus filhos e pelos filhos dos outros. Pessoas que saibam que o novo ser, tenro em idade, não pode saber tudo sobre os encaminhamentos e desdobramentos que a vida tem.
Pais determinados e filhos encaminhados é nossa meta final, custe o que custar, leve o tempo que levar.
Estamos apenas começando, mas uma coisa devemos gravar:O poder da escolha serve para a pessoa abraçar aquilo que edifica e largar aquilo que degrada, degenera, destrói.

×