Quando estamos entrendo no poço sempre nos preocupar em sair dele. Por outro lado, quando estamos no fundo do poço, nos perguntamos se alguém vai tampálo, deixando-nos sem saída. Desta forma, a crise deve ser vista como um poço sem tampá, ou seja, com uma saída para cima.
A crise pode ser definida como uma fase de perda, a chegada ao fundo do posso, ou uma fase de substituições rápidas, em que se pode colocar em questão o equilíbrio da pessoa. Torna-se, então, muito importante a atitude e comportamento da pessoa face a momentos como este. É fundamental a forma como os componentes da crise são vividos, elaborados e utilizados subjetivamente.
Dessa forma, a evolução da crise pode ser benéfica ou maléfica, dependendo de fatores que podem ser tanto externos, como internos. Toda a crise conduz necessariamente a um aumento da vulnerabilidade, mas nem toda a crise é necessariamente um momento de risco. Pode, eventualmente, evoluir negativamente quando os recursos pessoais estão diminuidos e a intensidade do stress vivenciado pela pessoa ultrapassa a sua capacidade de adaptação e de reacção.

Mas a crise é vista, de igual modo, como uma ocasião de crescimento. A evolução favorável de uma crise, conduz a um crescimento, à criação de novos equilíbrios, ao reforço da pessoa e da sua capacidade de reacção a situações menos agradáveis.
Assim, a crise evolui no sentido da regressão, quando a pessoa não a consegue ultrapassar, ou no sentido do desenvolvimento, quando a crise é favoravelmente vivida.
Mas toda crise tem seus fatores de riscos distintos para cada pessoa (de acordo com suas condições de vida), empresa ou sociedade local. É preciso buscar condições que favorecem e estimulam um desenvolvimento harmonioso, a não entrada e a saída, quando somos envolvidos por ela. Algumas teorias podem nos ajudar a compreender mlehor o que aocntece pessoalmente quando ocorre uma crise desta natureza.
Na Teoria Construtivista (Piaget e Vygotsky, pais da psicologia cognitiva contemporânea, propõem que conhecimento é construído em ambientes naturais de interação social, estruturados culturalmente), o individuo passa por várias crises desde os seus primeiros dias de vida até ao final da adolescência. Nesta perspectiva, a crise é maturativa, proporciona aprendizagem.
Na Teoria Sistémica (proposta em meados de 1950 pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy), a crise não é necessariamente evolutiva. Define-se como a perturbação temporária dos mecanismos de regulação de um sistema, de um indivíduo ou de um grupo. Esta perturbação tem origem em causas externas e internas, pois é vista como um todo, e pode deixar seqüelas.