O Curso foi desenvolvido de acordo com o propósito do Programa Jovens Cooperativistas Catarinenses (JCC), idealizado pelo (SESCOOP/SC), e que está substituindo o Programa CooperJ ovem em Santa Catarina.
Dentro dessa perspectiva a Cooperja, em cooperação com a Ocesc/Sescoop está levando a sua base associada essa formação específica aos jovens. Nem todos participam, mas aqueles que se interessaram em dedicar um tempo de suas vidas nessa formação voltada exclusivamente aos jovens agricultores.
Além de disseminar os princípios e modelo cooperativista, o JCC também tem como objetivo geral auxiliar às participantes quanto à devida compreensão do cooperativismo, bem como de seu valor e importância no desenvolvimento social e econômico de suas famílias e da comunidade. Promover a sustentabilidade do cooperativismo e da sociedade cooperativa.
É sabido que há um envelhecimento do quadro social das cooperativas e que os jovens tem papel fundamental no rejuvenescimento das cooperativas. Eles trazem inovação, agilidade e facilidade na adoção e operação das novas tecnologias.
“Necessário se faz promover um diálogo intergeracional entre os novos e os mais velhos, enfim, todas as idades para que o sistema cooperativista se fortaleça pela integração das pessoas, pois são elas que formam a base de tudo e depois produzem tudo”, diz o professor Ainor Francisco Lotério.
A Cooperja é uma cooperativa agropecuária (arroz irrigado, banana, maracujá etc.), criada em 1969 por 117 agricultores, conta hoje com mais de dois mil associados, e mais de 800 colaboradores diretos. Está presente em diversos Estados brasileiros e no mercado internacional. que atende do cooperativismo, promover o desenvolvimento econômico das comunidades onde atua com responsabilidade socioambiental.
Com o passar do tempo e as mudanças que estão surgindo, tanto no modo de produzir quando no êxodo de filhos e filhas de associados, há necessidade de investimento forte em educação, pois a cooperativa não pode se afastar da sua doutrina.
“Cooperativismo não se coaduna com egoísmo, individualismo, mas com altruísmo, solidariedade, serviço na direção do outro, mais do que um por todos, todos por todos, não levar ao outro a dor que não quero suportar, enfim, aplicar a lei da reciprocidade”, diz o professor Ainor Lotério, um dos maiores conhecedores da doutrina e educação cooperativista, tendo ministrado o curso aos jovens.
Um cooperativista não se baseia na lei de Gerson (“leve vantagem você também!”), mas na missão e valores da sua cooperativa, bem como nos seus princípios (adesão livre e voluntária, controle democrático pelos sócios, participação econômica dos sócios, autonomia e independência, educação, treinamento e informação, cooperação entre cooperativas, preocupação com a comunidade) e valores, nascidos da visão dos Pioneiros de Rochdale, Inglaterra, onde nasceu a primeira cooperativa do mundo.