08 abr 2024

A AGROSOFIA E O GRÃO DE MOSTARDA – MÍSTICA DA VIDA COM BASE NAS FORÇAS AGRONATURAIS (Por Ainor Lotério*)

O GRÃO DE MOSTARDA E A AGROSOFIA, MÍSTICA DA VIDA COM BASE NAS FORÇAS AGRONATURAIS (Por Ainor Lotério)*.

Inspirada na atemporal parábola de Jesus Cristo sobre a fé e a natureza, essa filosofia oferece uma visão única sobre a motivação humana, integrando elementos de fé, essência e a conexão com o ambiente natural. Na reflexão agrosófica propomos uma reestruturação da vida individual e coletiva, fundamentada nas lições oferecidas pela natureza. Destacamos valores como sabedoria, coragem, paciência, perseverança e fé, essenciais para enfrentar os desafios contemporâneos em todas as áreas da atividade humana.

A agrosofia representa uma abordagem inovadora e inspiradora para motivar indivíduos em suas jornadas pessoais e profissionais, levando-nos a considerar à percepção de que há muito mais de natureza vegetal (seiva da vida) dentro de cada um de nós e em nosso entorno do que imaginamos. Assim como nas práticas agrícolas, em que muito do que é vital para o crescimento das plantas acontece abaixo da superfície do solo, na vida cotidiana também pode haver aspectos essenciais que não são imediatamente perceptíveis.

A analogia mística entre o grão de mostarda e a semente de beterraba para ilustrar a importância da essência sobre a aparência nos faz entender um pouco do que podemos aprender com esse novo jeito de pensar e viver em nossa casa comum ou o nosso planeta. Ele destaca a presença de um vasto potencial latente em cada indivíduo, assim como de cada semente, muitas vezes obscurecido por frustrações e desânimos, ressaltando a necessidade de reconectar-se com as próprias raízes e potencialidades a serem desabrochadas.

A relação entre agricultura e Agrosofia é uma integração entre práticas agrícolas e uma filosofia de vida mais ampla, que visa promover uma compreensão mais profunda e uma conexão mais significativa com a natureza e com nós mesmos. Essa abordagem integrativa tem em vista aplicar os conhecimentos e as práticas agrícolas para compreender e orientar diversos aspectos da existência humana, promovendo uma visão holística e sustentável do mundo.

A palavra “agrosofia” é um termo composto, formado pela junção de “agro”, relacionado à agricultura, e “sofia”, que significa sabedoria em grego. Portanto, agrosofia pode ser entendida como a sabedoria originada do contexto agrícola ou como uma filosofia de vida inspirada nos princípios e processos da natureza e da agricultura.

A agrosofia se revela como uma filosofia de vida profundamente inspiradora, convidando-nos a mergulhar em uma compreensão mais profunda e holística de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. Sob essa perspectiva, somos instigados a reconhecer que, assim como nas práticas agrícolas, onde o vigor e a vitalidade das plantas se manifestam a partir das raízes, grande parte da nossa própria essência e potencial reside nas profundezas do nosso ser, não visíveis à primeira vista. É como se a seiva da vida, que nutre e sustenta toda a flora, também fluísse em nosso âmago, influenciando sutilmente nossas jornadas pessoais e profissionais. Essa compreensão nos desafia a olhar além da superfície e a reconhecer a riqueza e a complexidade que permeiam cada aspecto da existência, incentivando-nos a cultivar uma consciência mais profunda e uma conexão mais autêntica conosco mesmos e com o mundo que nos cerca.

A Agrosofia está fundamentada no conhecimento científico e na sabedoria ancestral sobre o comportamento das plantas, propõe uma reconexão entre o ser humano e a natureza. Desse modo visamos inspirar uma nova visão sobre a relação entre indivíduos e o ambiente natural, destacando a importância de aprender com as características resilientes e adaptativas do mundo vegetal. Com essa base de conhecimento agrosófico e científico, abraçada à sabedoria popular (os saberes dos agricultores, os primeiros professores do campo) e ao comportamento das espécies vegetais e suas variedades no ambiente, o fundamento da agrosofia se torna sólido: sua abordagem busca uma reconexão entre o ser humano e a natureza, sem perder de vista a necessidade urgente de repensar nossas motivações em meio às mudanças climáticas e ao aquecimento global.

Após acumular inédito conhecimento e vasta experiência ao longo de sua carreira profissional como extensionista rural, filho de agricultores, gestor público e voluntário de ações voltadas ao meio ambiente e agricultura familiar, muito pude entender esse novo viés de enxergar a natureza. A visão de sustentabilidade adquiri desempenhando um papel crucial na disseminação de conhecimento e práticas sustentáveis no meio agrícola.    

Resolvi registrar e disponibilizar esse aprendizado que a vida me deu (e nos dá) na forma de estudos, experiências, tarimba profissional, traquejo e compreensão do processo cognição focado nas leis da natureza e da atividade agrícola, o que intitulei de agrosofia. Isso tudo nos leva para a criação duma cultura de sustentabilidade mais afeta à alma, ao trabalho e ao espírito de cada indivíduo.

Essa filosofia motivacional, também conhecida como motivação agrosófica, visa reestruturar a vida das pessoas em harmonia com as lições oferecidas pela natureza em tempos de desafios climáticos e ambientais. Instiga-se incorporar valores como sabedoria, coragem, paciência, perseverança e fé, adaptáveis a todas as áreas da atividade humana.

A agrosofia transcende as abordagens convencionais de motivação, promovendo uma nova relação entre o ser humano e a natureza. Vê-se que destacamos a importância essencial de se honrar a vida em todas as suas formas e de vivermos em harmonia com as forças naturais, oferecendo uma visão promissora para um futuro mais harmônico, sustentável, promissor e equilibrado.

Por meio da Agrosofia, convidamos os indivíduos a repensarem suas motivações e a reconectarem-se com a sabedoria da natureza, garantindo um crescimento pessoal e coletivo significativo.

A função da agrosofia é traduzir princípios do mundo agrícola para um sistema de filosofia de vida, conhecido como agrosofia, nos dizem que tudo o que podemos não estar vendo, na verdade, podem estar pautando nossa vida e até nossa permanência no planeta.

*Autor: AINOR FRANCISCO LOTÉRIO é Engenheiro Agrônomo, Mestre em Gestão de Políticas Públicas (Instituições, cultura e sustentabilidade), psicopedagogo, Pós-graduado em Gerenciamento de Marketing e Metodologia do Ensino Superior, Comunicação e Extensão Rural, Bacharel em Teologia (Interconfessional) e Filosofia. Inúmeros cursos de extensão universitária. Foi professor secundarista e universitário, servidor e gestor público, Diretor Estadual da Epagri — Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina e Gestor Estadual do Pró-Jovem — Programa de Motivação da Juventude para a Qualidade Essencial na Agricultura e na Pesca e Prefeito de Camboriú. É autor de livro e vários outros textos e artigos, conforme estão evidenciados nos Eixos Eternos do seu Website: www.ainor.com.br
E-mail: contato@ainor.com.br
Contato/WhatsApp: (47) 99967 5010

20 dez 2022

Palestra na APREMAVI: “LIDERANÇA POSITIVA, VIDA EM EQUIPE E QUALIDADE DA AÇÃO” – Preservação Ambiental e Defesa da Vida

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Em tempos de mudanças de toda a ordem, tanto social quando ambiental, bem saber conduzir pessoas no rumo da sustentabilidade da vida é fundamental.

Cada vez mais sentimos a preponderante importância do papel da liderança no mundo atual, de modo que cada entidade seja bem dirigida em sua missão estratégica.

Foi com esse intuito que proferimos a Palestra ““LIDERANÇA POSITIVA, VIDA EM EQUIPE E QUALIDADE DA AÇÃO” na sede da APREMAVI (Centro Ambiental localizado junto a um Viveiro de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica), em Atalanta-SC/Brasil, quando a equipe fez uma avaliação dos trabalhos até o presente momento e delineou seu planejamento estratégico para o ano seguinte.

Evocando tópicos relacionados à motivação da Equipe, como aqueles que estão ligados em atos solidários, responsáveis, participantes, cooperadores, coparticipantes, corresponsáveis, o professor Ainor Francisco Lotério, que é engenheiro agrônomo e mestre em gestão de políticas públicas, com foco em instituições, cultura e sustentabilidade encantou o “Time Apremavi” com sua dinâmica e consistente palestra.

VOCÊ PODE VERIFICAR NOS VÍDEOS E FOTOS DO EVENTO A ESTÉTICA DA PAISAGEM NATURAL E DA RECUPERAÇÃO REALIZADA NO ENTORNO DA ENTIDADE, BEM COMO ENTENDER MELHOR A RAIZ DESSE TRABALHO PARA A VIDA DE QUALIDADE DA HUMANIDADE.

A Equipe precisa estar profundamente consciente da razão de existir da entidade em que trabalham, no caso a APREMAVI – Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida) https://apremavi.org.br/institucional/#quemsomos , que é “defender, preservar e recuperar o meio ambiente e os valores culturais, buscando a sustentabilidade em todas as dimensões e a melhoria da qualidade de vida na Mata Atlântica e outros biomas”, comenta Ainor.

Lembrou também, fazendo uma associação com os princípios cooperativistas, da necessidade de se atuar com base em princípios que fortalecem o trabalho da Equipe, geram compromisso e produzem resultados positivos, como:

1º – ADESÃO VOLUNTÁRIA E LIVRE 

2º – GESTÃO DEMOCRÁTICA 

3º – PARTICIPAÇÃO EFETIVA

4º – AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA 

5º – EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

6º – INTERCOOPERAÇÃO TERRITORIAL E VERTICAL.

7º – INTERESSE PELA COMUNIDADE

8º- RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL (INCLUSÃO, BIODIVERSIDADE).

“Verdadeiros colaboradores se esmeram em agir de acordo com os princípios e valores da corporação, fortalecendo a sua essência. E, para que os resultados cheguem é necessário que cada um exija muito de si antes de exigires dos outros. Assim se evita muitos aborrecimentos e se tem mais sucesso na arte de liderar pessoas”, diz o Prof. Ainor Lotério.

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Galeria de fotos do evento

08 ago 2022

PALESTRA: RELACIONAMENTO – FAMÍLIA, NINHO E NÓ DA AGRICULTURA (ExpoSul Rural-FAES/SENAR-ES)

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O Prof. Ainor Francisco Lotério proferiu a palestra reflexiva e motivacional “RELACIONAMENTO: FAMÍLIA, NINHO E NÓ DA AGRICULURA”, a convite do SENAR-Serviço de Aprendizagem Rural/FAES-Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo, inserida como destaque na programação da ExpoSul Rural, realizada no Parque de Exposições Carlos Caiado Barbosa, em Cachoeiro de Itapemirim-ES.


O Palestrante Ainor entrou no ambiente, montado no interior do Parque de Exposições, tocando violão e entoando músicas ligadas ao campo e ao convívio familiar, arrancando vozes e aplausos das famílias e lideranças participantes.

Ele citou e refletiu sobre a situação da família brasileira na agricultura familiar e no agronegócio, quando citou diferentes frases que fizeram a plateia refletir, se emocionar e fixar a atenção na palestra durante toda a apresentação:

-A família (comunidade de pessoas) foi sempre considerada como a primeira e fundamental expressão da natureza social do homem.

-Para o relacionamento não murchar, assim como as plantas, ele precisa fertilizado com a confiança e regado de amor e carinho todos os dias.

-Olhem para a mesma direção, apoiem os sonhos uns dos outros vocês serão felizes.

-As pessoas são um bem comum das famílias, da agricultura e da humanidade, da concepção ao desenvolvimento; uma tarefa física e espiritual.

 

-Mediante a árvore genealógica (passado, presente e futuro), a comunhão conjugal torna-se a comunhão das gerações.

-A família é reivindicada atualmente como o único valor seguro ao qual ninguém quer renunciar. Ela é amada, sonhada e desejada por homens e mulheres de todas as idades, de todo as orientações sexuais e de todas as condições.

Dessa forma, o tema foi definido e tratado de acordo com as necessidades expressas do evento, transitando pela ligação afetiva, interpessoal, familiar, profissional ou de amizade entre pessoas que se unem com os mesmos objetivos e interesses.

O objetivo foi facilitar, enobrecer e fortalecer a convivência, a comunicação e atitudes que devem ser recíprocas na Agricultura. Trabalhar a confiança, a empatia, o respeito, a harmonia entre as pessoas no seio das famílias (pais, mães, filhos e colaboradores) envolvidas nos empreendimentos rurais. Temas relacionados com a gestão profissional da propriedade, sucessão no campo, cooperação e sustentabilidade também foram abordados, inclusive com técnicas de interação com os presentes.

Essa feira é voltada para o setor rural da região e traz novidades em produtos agrícolas, maquinários, beneficiamento de lavouras, inovação para fazendas leiteiras, lançamentos veterinários, crédito rural, além de demonstração, palestras e programação técnica, como cursos rápidos para produtores.

Capacitar os participantes na administração da propriedade, no âmbito familiar.

https://www.youtube.com/watch?v=7uVENmB4inI[/embedyt

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02 ago 2022

Palestra – ORGULHO DE SER AGRICULROR: Valorização, fortalecimento e prosperidade sustentável no campo (Santa Clara do Sul-RS).

“Com interação, conteúdo motivador e conscientização sobre a arte de produzir e criar com sabedoria e alegria os agricultores foram envolvidos num clima de alegria produtiva”, diz o palestrante, engenheiro agrônomo Ainor Francisco Lotério. 

Do próprio hino municipal retiramos uma frase motivadora para os agricultores:
“Da coragem nasceu tua história, no colono a dedicação … Tua glória nos faz contemplar/ Santa Clara do Sul com amor/ O teu povo unido prospera/ A batalha transforma em flor.”

A valorização do agricultor e sua família, notadamente da agricultura familiar, o ponto forte do município, ficou evidente no esforço dos administradores municipais no sentido de mobilizar a categoria para comemorar a 1ª SEMANA DA AGRICULTURA. Por isso o tema “ORGULHO DE SER AGRICULROR” levou valorização, fortalecimento, sucessão e visão de prosperidade sustentável no campo.

O evento buscou valorizar o setor primário, estimular a inovação no campo e enaltecer a importância do produtor rural. Teve espaço o uso de tecnologias para melhorar a produção no campo, produção orgânica, uso de técnicas sustentáveis para agregar valor às propriedades rurais e a evolução do setor primário em Santa Clara do Sul.

Procurou-se enaltecer o saudável orgulho de ser agricultor e lembrar dos principais desafios do campo na atualidade: produzir sustentavelmente, adotar novas tecnologias, promover a sucessão rural, baixar custos e comercializar de acordo com as exigências dos consumidores locais e do mercado internacional, entre outros.

Os objetivos da palestra podem ser destacados assim:
-Despertar o orgulho de ser agricultor nos tempos atuais.
-Fortalecer os agricultores e seus familiares no sentido dos mesmos se sentirem encorajados a vencerem os desafios desse tempo de mudanças.
-Definir o papel de cada um em relação à sustentabilidade, ambiental e humana, tendo como foco o desenvolvimento que contemple todas as gerações.
-Uma nota a respeito de herança, legado e sucessão.
-Despertar dons, talentos, habilidades e espírito de comunidade.
A ideia é fazermos um recomeço na agricultura, a partir de nós e de nossas propriedades.

01 jun 2022

Palestra – Mulher e Família, o Coração da Cooperativa (Cooper A1, Iporã do Oeste).

 

 

Em tempos de mudança e a segurança da cooperação, mulheres se transformam em seres notáveis na alegria de viver num caminho cooperativo, na evolução consciente da força da cooperação dos lares aos projetos e na força da inteligência cooperativa na busca da felicidade na propriedade”.(Ainor Francisco Lotério, engenheiro-agrônomo e palestrante).

Na Palestra — Mulher e Família, o Coração da Cooperativa (Cooper A1, Iporã do Oeste), o professor, palestrante e instrutor do cooperativismo, especialista em doutrina e educação, abordou o conteúdo apropriado, chamando as mulheres pertencentes ao Núcleo Feminino, ligadas à OQS(Organização do Quadro Social) à participação mais efetiva na atividade da cooperativa. Além do mais, o surgimento do cooperativismo passou pelo coração da mulher, conforme se pode ler na história de surgimento do cooperativismo no mundo.

“Sentimos que o mundo está passando por tempos difíceis de isolamento e conflitos e que, para atravessar esse deserto, é fundamental compartilhar esperanças por um itinerário que evoque a inteligência coletiva. O fato gerador dessa preocupação é a síndrome da gaiola, ou seja, o tempo vivido em isolamento social, causando nas pessoas a lentidão e até imobilismo do corpo social. E como o cooperativismo é um movimento de pessoas associadas, das mesmas requer participação efetiva. Esse novo momento, pós-síndrome da gaiola, não será totalmente voluntário, mas também provocado pela necessidade da Cooperativa de estar com os pés no caminho do fortalecimento das atividades que gerem mais resultados (sobras) para seus associados que, no caso, é uma cooperativa que atua no setor agropecuário”, afirma Ainor com a convicção de muitos anos trabalhando com extensionista rural e envolvido em sociedades cooperativistas.

Essa movimentação e chamamento à participação faz parte da natureza do cooperativismo, que em seu conceito diz ser um “movimento internacional que constituirá uma sociedade justa, livre e fraterna, em bases democráticas, por empreendimentos que atendam às necessidades reais dos cooperados e remunerem adequadamente a cada um deles”.

O princípio norteadores de tudo isso são: adesão voluntária e livre, gestão democrática pelos associados, participação econômica dos associados, autonomia e independência, educação, formação e informação, inter cooperação e compromisso com a comunidade, os quais podem ser vistos mais detalhadamente nesses dois posts:
1 — Como fortalecer os princípios e valores do cooperativismo entre os colaboradores 
2 — Cooperativismo: na base dos seus Princípios estão os seus Valores

Finalmente, na parte de enceramento do encontro, antes do saboroso café cooperativo entre as mulheres, elas foram estimuladas a definir e atingir objetivos pessoais, familiares e sociais, superar crenças e bloqueios que impedem o bem viver, lidar com a insegurança e ansiedade próprias desse tempo e a manterem a coragem para enfrentar suas crises.

O como agir fica por conta dos seguintes pontos: educação cooperativista constante, participação na comunidade, atuação no mercado de trabalho, busca da formação profissional, fortalecimento das famílias (“cooperativa doméstica”) e o ato maiúsculo de cooperar sempre.

“Mulheres, que vocês sejam muito felizes na jornada amorosa da família e da cooperativa!”, conclui o engenheiro-agrônomo Ainor Francisco Lotério.

04 dez 2021

PALESTRA NO ENCONTRO DE NOVOS ASSOCIADOS DA COOPERJA – Cooperativa Agroaceleradora de Jacinto Mchado.

O CONTEÚDO VERSOU SOBRE A DOUTRINA E EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA: Origem histórica, desenvolvimento, evolução, vocação e dimensões do papel estratégico da aprendizagem no cooperativismo atual.

Procurou-se trazer à tona a importância de se assumir compromissos e desenvolver a inteligência cooperativa para os novos associados e associadas. Além desse item outros foram levados aos participantes, como:

A importância da motivação humana para além da renda financeira em tempos de pandemia.

– A sucessão e legado familiar sob a ótica do cooperativismo contemporâneo.

– A questão do comprometimento como um vigoroso ato de boa vontade para assumir o acordo, contrato social e aliança em operar junto às colegas e amigas associadas.

 

10 set 2021

A instituição familiar e a relação humana de familialidade (intimidade, convivência …)

Palestra promovida pelo discipulado do Movimento Obra Nova Casais – MONC.

A abordagem se deu com base nesse pensamento:
OS LAÇOS FAMILIARES SÃO NOSSO PONTO DE REFERÊNCIA E GUARDIÃO DA ESTABILIDADE …

A diferença está sempre entre quem coopera e quem não coopera para um bom relacionamento, que pode se dar com base nessas três premissas: 

1.Admiração: estima, consideração…reação

2.Discrição: reserva, autocontrole, naturalidade

3.Ternura: delicadeza, doçura e gentileza

Quem constrói o seu lugar não avança sobre o lugar do outro.

Não sabemos mais esperar com esperança e entramos facilmente no desespero!

Quem gerou não vai embora e nem desiste! Quem tem filhos não pode esperar acontecer!

ESTÁS PRÓXIMO OU LONGE DO REINO QUE PROCURAS COM A MANEIRA QUE TENS AGIDO?

1.Nunca é tarde demais para aprender (se converter), mas é urgente, É AGORA! (Papa Francisco).

2.Necessitamos uns dos outros para sermos nós mesmos (Agostinho de Hipona, Sto Agostinho).

3.Sem calor humano não há entrosamento de vidas, nem fusão dos corações (Frei Anselmo Fracasso).

4.Ninguém é forte por suas próprias forças, mas graças aos outros (e à misericórdias de Deus) (São Cipriano de Cartago).

VISITAMOS O PORÃO DA NOSSA VIDA:

1.As histórias dos pais e antepassados

2.O passado ilumina caminhos e aponta soluções para o nosso presente

3.Nada daquilo que vivermos é perdido.

A sociedade cada vez mais globalizada torna-nos vizinhos, mas não nos torna amigos ou irmãos (Bento XVI)

Qual o projeto de construção de um mundo novo que você participa sem interesse exclusivamente pessoal?

 

05 set 2021

INCLUSÃO, DIVERSIDADE E SUCESSÃO NO CAMPO: A MULHER E SUA INTELIGÊNCIA COOPERATIVA (Mangueirinha-PR)

Um grupo de mulheres empreendedoras da agricultura, intitulado Mulheres do Agro de Mangueirinha, por iniciativa da FMC Agrícola (empresa de ciências para a agricultura), promoveu um evento de confraternização, fortalecimento e reintegração das produtoras rurais. Representantes das cooperativas CODEPA – Cooperativa de Desenvolvimento e Produção Agropecuária de Mangueirinha-PR e da COAMO – Cooperativa Agroindustrial.

O encontro foi em Mangueirinha-PR, na sede do Sindicato Rural, e chamou a atenção das autoridades e o mundo do agronegócio pela mobilização das mulheres.

Lá conhecemos um grupo formidável de mulheres, as quais têm como líderes e pioneiras as irmãs Ana Franciosi (veterinária) e Edina Franciosi (arquiteta). Elas são produtoras rurais em Mangueirinha (PR). Aqui temos dois exemplos verdadeiros de Mulheres do Agro!

Uma pergunta inicial norteou a palestra: qual a diferença entre herdeira e legatária do campo?

Herdeiras todas são, pois os pais não podem negar o patrimônio às filhas. No entanto, legatárias nem todas são, pois nem sempre lhes foi passado o bastão da sucessão das atividades campesinas.

De igual modo, a sucessão rural não pode ser unicamente uma sucessão de pais para filhos, mas para toda a família. Isso é diversidade e inclusão.

Sem o viés do preconceito, precisamos compreender a diversidade humana no campo através da participação das mulheres, pois quem planta e cria tem que ter mais alegria. E a alegria feminina é sinônimo de ânimo, sensibilidade, vida de qualidade, conhecimento e produtividade.

Se o ser que administra a propriedade está calçando botas ou salto alto não importa, mas o que importa é se está obtendo resultados positivos, sendo sustentável e evoluindo constantemente. E isso é coisa de mulher, sim.

A diversidade de pensamentos, onde o pensamento feminino é incluído e não mais excluído é uma riqueza, pois ela em si já é sucessão, facilita a inclusão do diferente e faz eliminar a fragilidade no convívio com as diferenças.

Por essa razão estamos investindo nessa proposta, diz o engenheiro agrônomo e embaixador da FMC Agrícola para o assunto André Granzotto, ao lado da engenheira agrônoma Emily Dalosto.

Podemos conhecer melhor o movimento que está tomando conta do campo agrícola brasileiro através da Rede UMA-União das Mulheres do Agro, a qual é formada por mulheres protagonistas do campo que têm como pilares básicos a busca da representatividade, da união e do empreendedorismo. Objetivam fortalecer cada vez mais o setor feminino do agropecuário brasileiro para que ele seja reconhecido e respeitado por merecimento.

“A sucessão rural sempre foi um assunto que antes só atraía a atenção dos homens, ou era dirigido de maneira tradicional para esse viés, passou a tomar outra direção. Essa direção está sendo dada pela participação das mulheres no campo da sucessão rural, tanto no agronegócio quanto na agricultura familiar. Mas quem disse que só deve haver sucessores e não sucessoras na agricultura?”, pergunta o professor, palestrante e engenheiro agrônomo, com mais de três décadas em experiência no serviço de assistência técnica e extensão rural, Ainor Francisco Lotério.

Uma fala direta com vistas à sucessão no campo dentro do viés e da abordagem feminina pode ser extraída: “Num futuro breve, articuladas em Rede e empoderadas pelo empreendedorismo, poderemos assumir de vez nosso protagonismo. Através da autonomia financeira e econômica – sempre sendo mulheres, companheiras e mães – poderemos empreender nossos sonhos, mantendo nossas raízes no campo, mas seguindo os passos da modernidade” (Rede UMA).

Para ele, a visão machista sobre as atividades do campo sempre afastou as mulheres dessa atividade. Entendemos que para as mulheres sempre foi mais difícil enfrentar a bruta luta do campo, especialmente nos tempos de outrora, enquanto a tecnologia não havia facilitado os trabalhos nas lavouras e criações. Hoje, com o advento da agricultura moderna e do conhecimento científico fruto de pesquisas públicas e provadas, o agronegócio é possível de ser implementado por quem desejar, bastando para tal ter vontade, buscar conhecimento e desenvolver dons e habilidades.

Por isso, visando converter a visão das gerações atuais de gestores e lideranças do setor, uma palestra híbrida, onde um grupo de mulheres foi transformada em coopalestrantes, desenvolveu-se, de forma consistente, dinâmica e descontraída, o seguinte conteúdo:

– A diversidade humana e a humanização da diversidade através da inclusão fortalecedora de “diferentes gentes”, dons, habilidades e competências.

– A importância e o papel da mulher na sucessão familiar, na renda e vida de qualidade na propriedade.

– Sucessão no campo e novos rumos para a agricultura familiar (conhecimento tecnológico e evolução do pensamento).

– O cooperativismo como alavanca propulsora no projeto de vida da mulher (formação, solidariedade, geração de renda e concretização de sonhos num mundo competitivo).

– Cooperativismo e mulher: conjunto de ideias e práticas fundamental para a vida

pessoal, familiar e profissional na agricultura.

Vários depoimentos das Mulheres do Agro fortaleceram o evento: “o grupo surgiu numa dificuldade pessoal (quando a gente estava com a “corda no pescoço”), há doze anos. Assumimos as terras da herança e compramos máquinas e realizamos uma série de outros investimentos. Muitos apostavam na nossa desistência, dizendo que isso não era coisa para mulheres”.

1 – Nossa sucessão se iniciou na infância, quando nosso pai nos dava uma bezerra (vaca), mas ouvíamos que agricultura era coisa de homem. Nosso pai faleceu e nós então nos vimos com essa responsabilidade diante de nós. Fomos em busca do conhecimento, pois esse mundo novo possibilita isso.

2 – Nossa mãe, que está conosco até hoje, sempre foi nossa conselheira e inclusive cultiva uma linda horta próximo a casa. Somos de origem italiana e o alimento é uma necessidade, pois foi basicamente por isso que os imigrantes dessa origem fugiram de lá para o Brasil.

3 – Nas reuniões sobre agricultura de qualquer natureza e até em cooperativas estranharam nossa presença e até aconteceu de puxarem nossa cadeira nos deixando sem lugar para sentar. Éramos deixadas de lado.

4 – Na primeira plantadeira que compramos o motorista do caminhão que veio entregá-la procurava um homem e não achava. Nos, olhando e achando até graça, tranquilas ficamos até que ele nos perguntou se alguém iria receber a máquina e o dissemos: somos nós as donas. Ele ficou espantado.

Sobre a pergunta: o que você acha de a mulher trabalhar no agro? Essa foi a resposta: a mulher tem o direito de fazer acontecer também na agricultura.

No caso da contratação de funcionários uma pergunta sempre é feita por elas mesmas: você tem alguma dificuldade de trabalhar com mulheres? Quando tem na entrevista já notamos só no modo de falar.

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21 nov 2018

O homem que promove os conceitos do mundo agrícola num sistema de pensar a vida, chamado Agrosofia

“Conheça o trabalho do engenheiro agrônomo catarinense que dedica a vida à motivação do agricultor para viver melhor o dia a dia no campo: Ainor Lotério, o homem que promove os conceitos do mundo agrícola num sistema de pensar a vida, chamado de Agrosofia. Saiba mais sobre o assunto, na entrevista especial exclusiva com Ainor Lotério, no Destaque do Programa BOM DIA CIDADÃO!”(por Eduardo Rocha, Rádio AL – Ass.Legislativa-SC).

Com a agrosofia (neologismo formado com o sufixo de agricultura e o sufixo de filosofia, quer dizer amor ao saber com base nas forças do agro) procuramos fazer a reconexão entre o ser humano e a natureza, a partir do comportamento dos vegetais, sem ser “ecochato” ou “biodesagradável”, mas com uma visão nova, pois “enquanto houver seiva, haverá sangue”.
O que imaginamos é uma motivação sustentável. Isto vai das folhas (o que mais aparece em nós) até às raízes (o mais profundo e escondido que há em cada um).

A Agrosofia vem preencher o espaço entre o ser humano e a natureza e refazer essa conexão. Vai além dos discursos e das ações em favor do meio ambiente e dos tratamentos naturais; é uma nova relação do ser humano com a natureza, que o ensina a viver e empreender melhor, sempre em harmonia com as forças naturais. É uma filosofia inspirada no agro, utilizando-se de ciência e sabedoria, especialmente em tempos de aquecimento global.

24 dez 2012

Agrosofia (“só tem aqui”): Uma Filosofia de Vida Inspirada na Natureza

Agrosofia (“só tem aqui”) com Ainor Lotério, o seu criador.

A Agrosofia, como uma filosofia de vida inspirada na natureza, propõe uma profunda reconexão entre o ser humano e o mundo natural. Essa abordagem busca extrair sabedoria das práticas agrícolas e do comportamento das plantas, aplicando-a em diversos aspectos da vida humana.

Assim como uma semente de mostarda, que apesar de pequena, possui um imenso potencial de crescimento, a Agrosofia nos lembra que todos carregamos uma força interior capaz de nos levar a grandes realizações. A essência importa mais que a aparência, e a perseverança, a paciência e a fé são fundamentais para superar desafios e alcançar nossos objetivos.

A Agrosofia nos convida a aprender com a natureza, observando suas leis e ciclos, e a aplicar essa sabedoria em nossas vidas. Valores como resiliência, adaptabilidade e sustentabilidade se tornam guias para nossas ações, tanto no âmbito pessoal quanto profissional.

Em um mundo marcado por mudanças climáticas e desafios ambientais, a Agrosofia se apresenta como uma bússola para um futuro mais harmonioso e equilibrado. Ao nos reconectarmos com a natureza e incorporarmos seus ensinamentos, podemos construir um mundo mais justo e sustentável para as futuras gerações.

A Agrosofia nos inspira a cultivar uma mentalidade de colaboração e respeito mútuo, reconhecendo a interdependência entre todos os seres vivos. Ao abraçarmos essa filosofia, podemos transformar nossas vidas e contribuir para um futuro mais próspero e significativo para todos.

 
01 jun 2012

Agrosofia, água e meio ambiente, mais do que magia (uma dinâmica/didática com a sabedoria da preciosa água).

Nessa dinâmica ou técnica agrosófica (que usa os conceitos da agrosofia) ressaltamos o quando podemos aprender e ensinar com o poder e fascínio da água em relação aos recursos agronaturais.
A agrosofia, ou a sabedoria da agricultura, é um campo de estudo que transcende simplesmente as práticas agrícolas convencionais. Ela tem em vista entender e respeitar os ciclos naturais, reconhecendo a interconexão entre todos os elementos do ecossistema. Entre esses elementos, a água emerge como uma força vital essencial, mais do que simplesmente um recurso, é verdadeiramente mágica.
A água é o elixir da vida que compões dois terços dos corpos e do planeta, fluindo através dos campos e nutrindo a terra, dá vida às plantas e os seres vivos. Na agrosofia, ela é vista não apenas como um meio de irrigação, mas como uma aliada sagrada, cujo poder vai além da compreensão humana. É a água que dá vida a vida iniciando pelas sementes, permitindo a existência da ponta da raiz à ponte do broto do ramo mais alto da copa da árvore.
No entanto, a magia da água vai além do seu papel na agricultura. Ela é um símbolo de purificação, renovação e celebração, capaz de transformar paisagens áridas em oásis de vida. Seu ciclo interminável de evaporação, condensação e precipitação é uma dança cósmica que sustenta todo o planeta.
Na prática da agrosofia, honrar a água significa protegê-la e usá-la de modo sustentável e com sabedoria. Isso inclui técnicas de conservação da água, como a captura da chuva, o uso de sistemas de irrigação eficientes e a proteção de nascentes e rios e a conservação do solo e dos recursos naturais de modo geral. Também implica em reconhecer a importância dos ecossistemas aquáticos e trabalhar para restaurar sua saúde e equilíbrio, dando a eles um arcabouço sustentado.
A água é mais do que um recurso natural; é uma fonte de vida e inspiração para os seres humanos. Desde as primeiras lições na escola já se aprende que a água é um líquido incolor, sem cor, e inodoro, sem cheiro, composto de hidrogênio e oxigênio, em sua famosa fórmula química intitulada H₂O. Porção líquida que cobre dois terços (2/3 ou aproximadamente 70%) da superfície do planeta Terra; conjunto dos mares, rios e lagos. E, quando a humanidade parte para uma jornada espacial, há sempre uma esperança de encontrar água noutros planetas fora da terra.
Na jornada da agrosofia, aprender a respeitar e celebrar a magia (no sentido de atrair o interesse e provocar fascínio) da água é essencial para cultivar uma relação harmoniosa com a terra e todas as suas criaturas. É através desse entendimento profundo que podemos verdadeiramente florescer como seres humanos (não só agricultores ou gente do agro, mas cocriadores neste grande espetáculo da vida).

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